quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Engenharia de produção

16 de setembro de 2009, 21:20


Uma das mais nobres missões desse bacharel é promover a expansão do consumo, por meio da redução do custo dos serviços e mercadorias e da maior eficiência dos sistemas produtivos. Para isso, ele precisa conhecer muito bem o mercado, o estágio de desenvolvimento do país e sua distribuição de renda. “O engenheiro de produção é uma peça importante para que os empresários possam aumentar o volume de produção, fabricar bens capazes de competir no mercado internacional e, ao mesmo tempo, oferecer à população produtos com preços mais baixos”, diz o engenheiro de produção mecânica Marco Antonio Rodrigues, diretor da empresa Gestão Eclética, de São Paulo. Outro objetivo desse engenheiro, destaca Rodrigues, é assegurar a qualidade de vida da população, protegendo e recuperando o meio ambiente e desenvolvendo produtos que atendem às necessidades da sociedade. “O engenheiro de produção deve buscar sempre inovação e formas inéditas de fabricar novos produtos”, afirma ele. A engenharia de produção é um amplo ramo que gerencia os recursos humanos, financeiros e materiais para aumentar a produtividade de uma empresa. Por isso, esse profissional é peça fundamental em indústrias e empresas de quase todos os setores. Ele une conhecimentos de administração, economia e engenharia para racionalizar o trabalho, aperfeiçoar técnicas de produção e ordenar as atividades financeiras, logísticas e comerciais de uma organização. Define a melhor forma de integrar mão-de-obra, equipamentos e matéria-prima e de avançar na qualidade e aumentar a produtividade. Por atuar como elo entre o setor técnico e o administrativo, seu campo de trabalho ultrapassa os limites da indústria. O especialista em economia empresarial, por exemplo, costuma ser contratado por bancos para montar carteiras de investimentos. Esse profissional é requisitado, também, por empresas prestadoras de serviços para gerenciar a seleção de pessoal, definir funções e planejar escalas de trabalho.
                  O mercado de trabalho
"O mercado globalizado e o crescimento da demanda interna têm obrigado a indústria brasileira a se tornar cada vez mais competitiva. Isso amplia a demanda por engenheiros de produção, que são requisitados por empresas e indústrias de diversos setores", diz Mário Kaphan, diretor do portal de empregos Vagas.com.br, com forte atuação na área de ciências exatas. Indústrias de bebidas, cigarros e, principalmente, a automobilística e a eletrônica, procuram esse profissional para atuar no setor de logística, que inclui a distribuição de produtos e o suprimento de compras. Isso também ocorre cada vez mais em empresas do segmento varejista e na agroindústria, que abre vagas em regiões interioranas. Em serviços, a indústria financeira é a que mais contrata e melhor remunera. Nela, o engenheiro de produção atua na gestão de carteiras e análise de investimentos de clientes bancários. Outros dois ramos em evidência são o mercado acionário e o de transporte, com destaque para as concessionárias que administram rodovias. Com a descentralização industrial, o engenheiro de produção tem chances de colocação em todo o país, mas as melhores oportunidades estão no Sudeste, com 50% das vagas concentradas no estado de São Paulo, e no Sul. No Nordeste, o destaque é o pólo têxtil do Ceará.
                         O curso
No começo, o curso enfoca as disciplinas básicas de engenharia, com bastante cálculo, como matemática, física, química e informática. Depois entram as matérias específicas de produção, como gestão de investimentos, organização do trabalho e economia e estratégia de empresas. Nos últimos anos acrescentam-se as de sociais aplicadas, como administração e economia, e na etapa final, o aluno começa o estudo específico da habilitação escolhida. Para se diplomar, é preciso fazer estágio e apresentar uma monografia. Várias escolas oferecem o curso voltado para alguma habilitação específica, como mecânica ou civil. A duração média é de cinco anos.

Guia do estudante

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